Apesar de manter a essência da arte oriental vocês usam direto a Internet... Como é isso? Samadi e YouTube?
É isso mesmo: usamos livros, assistimos muita coisa da internet, na verdade, ensinamos o aluno a pesquisar, a ter visão crítica do dialogo oriente-ocidente do jeito que está aí, na vida real... mas o que interessa é a conexão de alma para alma. É renovar essa conexão na sociedade, e também, entre cada um e sua própria essência. O clima de confiança é estimulado dentro das aulas, num ambiente familiar onde todos se sentem à vontade para expressar aspectos que estão abandonados tais como compreensão dos carmas, estados superiores da mente, e mesmo graus de samadhi, são temas cotidianos no meu estúdio, e fazemos isso sem abandonar os aspectos mais físicos da ginástica e da saúde. Entendemos que ou você equilibra todo o conjunto, ou é como uma casa sem boa fundação
O que vem a ser essa sua “pedagogia do êxtase”?
Minhas aulas trazem bem estar imediato, grande incremento do foco mental, criatividade, e liberação das emoções de forma suave, sem catarses ou crises, não incentivamos nada disso, mas sim, a suavidade, calma, profundidade, auto-controle e alegria. Uma das definições de Yoga é “Yoga é êxtase”, mas não vejo nenhum lugar preocupado em conduzir os alunos ao êxtase. Aqui temos uma escola de êxtase. Eu foco no ser humano que pode se aperfeiçoar e viver muito melhor gerenciando seus conflitos como aconteceu comigo, eu compartilho o que de milagroso a musica e a dança deram para minha vida com as outras pessoas. É basicamente isso, mas no oriente, isso é uma ciência que os antigos chamavam de ciência mística, é a ciência da busca interior. Então, tem que ter uma pedagogia especial para ativar tudo isso na vida de cada um, e é isso que fazemos juntos nos nossos encontros semanais.
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